A informática foi um dos maiores avanços
da tecnologia e nos trouxe muitos benefícios e facilidades, fazendo o cotidiano
de muitas pessoas muito mais rápido e ágil. E a escola como fica diante de tudo
isso? Atualmente jogos eletrônicos, como os videogames fazem parte do universo
infantil e infanto juvenil. Na maioria das vezes esses recursos não são
utilizados como ferramentas promotoras de aprendizagem, muito menos de
ludicidade, isso ocorre, em decorrência da resistência dos profissionais que
atuam na escola, principalmente pela carência de formação e treinamento.
Na educação ela tem forte influência além
de ajudar na aprendizagem, é o caminho mais prático para começar a se apossar
das tecnologias do mundo para os pequenos aprendizes, dependendo da forma que a
informática é utilizada em nossa vida pode ser muito saudável, desde que se
observem medidas de segurança.
A informática além de apresentar o mundo
tecnológico, ajuda a desenvolver habilidades, a criatividade tudo de forma
positiva. Desde cedo temos que mostrar que o computador não é tudo. Ele passa a
fazer parte da vida, como mais um recurso pedagógico. É preciso associar a
informática com o brincar, correr, pular, cantar, jogar e interagir de forma a
tornar a inclusão agradável e saudável.
Temos que refletir sobre a escola como
agente promotor da socialização e inclusão no mundo das tecnologias e para
tanto é urgente que a Educação Básica trabalhe com a tecnologia de forma
responsável, saudável respeitando a maturidade e fases de desenvolvimento de
cada criança.
Para construir uma educação de qualidade
e promover a verdadeira inclusão social, a escola deve oferecer meios para que
estes alunos se apropriem da tecnologia para sua aprendizagem.
Equipar as escolas com laboratórios e
informática, bem como capacitar os professores são elementos básicos para munir
a educação de ferramentas facilitadoras do processo de ensino e aprendizagem
que com certeza estará qualificando e promovendo mudanças significativas na
nossa educação.
O uso das tecnologias na educação não
muda necessariamente a relação pedagógica, pois não substitui o professor, mas
modifica algumas de suas funções. A tarefa do professor de passar informações
pode ser deixada, na maioria das vezes, aos livros, livros eletrônicos, vídeos
fotografias etc. Ele transforma-se em agente estimulador da curiosidade do
aluno; instigando-o a querer conhecer, pesquisar, buscar informações mais
relevantes e atuais que possam contribuir para seu processo de
ensino-aprendizagem, através do lúdico. Além disso, os professores podem ter
seus trabalhos disseminados entre outros professores, porque a internet
transmite informações em tempo real, tanto locais quanto mundiais.
A inserção da informática na Educação
deve ser feita de forma sintonizada com as necessidades da criança em aprender
a conviver com o mundo que ela faz parte, e neste universo o uso do PC está
cada vez mais presente no cotidiano das pessoas e nas realidades simbólicas do
que se pratica habitualmente, e é urgente que a escola se aproprie desta
ferramenta educacional e não como um simples projetor de slides.
Para se adequarem a essa nova realidade
as escolas devem procurar utilizar as chamadas TICs de forma conveniente a fim
de possibilitar ao aluno uma melhor construção do conhecimento.
A evolução do uso das tecnologias
coincide com a evolução e melhoria das perspectivas educativas, cujas teorias
de aprendizagem dão sustentação cientifica às questões filosóficas abordadas em
cada uma delas.
No
Brasil, a aplicação da tecnologia à serviço da educação teve grande avanço nas
décadas de 1960 e 1970, com o advento das máquinas de ensinar – retroprojetor,
projetor de slides, microscópios e outros – reforçado pela política tecnicista
que sustentava as decisões do meio educacional. Porém, o avanço maior ocorreu
na década de 1990, com a adoção da televisão e do vídeo na escola pública.
(SUZUKI, 2011, p.4).
As consequências da tecnologia devem
estar incluídas nos estudos e na prática do ensino. Os reformadores da educação
frequentemente não são informados das ferramentas da tecnologia educacional
disponíveis para um uso específico, ou mesmo geral, enquanto, ao mesmo tempo,
os reformadores da tecnologia educacional quase sempre não estão familiarizados
com as novas iniciativas educacionais e a nova pedagogia que essa tecnologia
requer. Isso acarreta um senso difundido de que o uso da tecnologia é pouco
mais que um adicional ou momento, mas que realmente não é essencial. Assim, o
computador, uma das mais potentes tecnologias, seria utilizado, apenas como
projetor de slides e, assim como a televisão, na grande maioria dos casos,
apenas um acessório, e não como uma tecnologia que muda a relação do homem com
o mundo
LÉVY
(1996), apud SUZUKI (2011, p.4) definiu a atual era das tecnologias da
informação e comunicação como uma era posterior à da tecnologia da oralidade e
da escrita. A era digital impõe uma nova visão de existir no mundo, gerando
outras formas culturais, que vêm substituindo princípios, valores, processos,
produtos e instrumentos tecnológicos que medeiam a ação do ser humano com o
meio.
Referências
LËVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. São
Paulo: Editora 34, 1996.
RAMOS,Edla Maria Faust;
Introdução à Educação Digital 2ª edição Brasília Ministério da Educação -2009
SUZUKI, Juliana Telles
Faria; RAMPAZZO, Sandra Regina dos Reis. Tecnologias em educação. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2011.